Fotos: Fábio Sevalho/Domingos RaposoPARINTINS - O primeiro capítulo de uma nova história do Festival Folclórico de Parintins começa a ser escrito hoje. Foram vários os dias em que artistas, diretorias e torcedores foram dormir preocupados em como seria este primeiro ano dos próximos 50.
A falta de recursos estaduais e o abandono de patrocinadores, por conta da crise financeira, foram se tornando preocupante. Mas foi aí que o parintinense, de nascença ou de coração, mostrou, mais uma vez, a sua força. Ouviu-se falar em "não vai haver festival".
Teve manifestação em Manaus, em Parintins, nas redes sociais. Teve solidariedade nos galpões, teve vontade em contribuir com o boi, teve garra e amor. Muito amor. Por uma festa, uma cultura, a identidade de um povo. E, aos poucos, as soluções foram surgindo. Empresas multinacionais reafirmando sua confiança na festa e outras chegando para somar. Pessoas contribuindo com ferro, tinta, cola...com o que podia. E o "não vai haver festival" foi sendo esquecido.
O artista parintinense é conhecido mundo a fora pela sua criatividade. Mas há quem diga que, no Festival 2016, ele tenha se superado. As preocupações nos galpões foram esquecidas e deram espaço para o sonho caboclo que foi tomando forma, cor...vida!
O Garantido, que abre a festa, vai levar para a arena o tema `Celebração`. Na primeira noite, vai celebrar os "nossos ancestrais". Na segunda, celebrar a fé, que une e move o parintinense. E para encerrar o festival, vai celebrar o folclore amazônico, exaltando a "miscigenação amazônica". O Boi da Baixa, nas três noites de festival, vai celebrar, também, a superação de todos os que ajudaram a pôr o boi na Arena. O membro da Comissão de Artes, Fred Góes, foi enfático ao dizer que "teremos um dos festivais mais bonitos da história".
O Caprichoso vai para a disputa com o tema `Viva Parintins`. Na primeira noite, o Boi da estrela vai falar do folclore brasileiro, tão rico e admirado pelo mundo inteiro. Na segunda noite, o Caprichoso mostrará a vivência da encantadora floresta amazônica. E na terceira, com o espetáculo `Viva Nossa Gente` vai mostrar os motivos pelos quais o parintinense levou a criar o maior espetáculo a céu aberto do mundo, no qual o bumbá vai viver Parintins em toda a sua essência. O coordenador de arena e membro do Conselho de Artes, Chico Cardoso, disse que "a criatividade e a força de vontade do povo parintinense, não vai deixar esse festival morrer".
Tudo pronto. Alegorias apostas. Todos dispostos a dar seu sangue e suor ao seus respectivos bois. Vai ter festival. E se depender de todos esses apaixonados pela nossa cultura, vai continuar tendo por muitos e muitos anos. "Não foi fácil, mas com união chegamos a essa data tão esperada, o início do nosso Festival. O parintinense mostra sua força ao realizar conosco o Festival deste ano", comemorou o prefeito Alexandre da Carbrás.
