03/06/2016 às 16h40min - Atualizada em 03/06/2016 às 16h40min

Operação “Uruá-Tapera” desarticulou um forte esquema fraudulento na prefeitura de Oriximiná

Operação foi realizada na quinta-feira (2). Prefeito, vice-prefeito e vários servidores do município de Oriximiná, foram alvos da ação coordenada pelo MPE.

Por: Karina Lopes e Lila Bemerguy/Ascom - MPE
Fotos: Divulgação

ORIXIMINÁ - A operação “Uruá-Tapera”, realizada na manhã de quinta-feira (2), em Oriximiná, no oeste do Pará, é resultado de investigação iniciada há dois anos, em atuação conjunta do Ministério Público de Oriximiná, por meio da promotora de justiça Sabrina Mamede Napoleão Kalume, Núcleo de Improbidade Administrativa e Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Pará (Gaeco). É decorrente de denúncias de fraudes em licitações praticadas pela administração municipal.

No decorrer da operação a equipe, com apoio da Polícia Militar, cumpriu mandados de busca e apreensão na prefeitura municipal e nas casas do prefeito Luiz Gonzaga Viana, do vice-prefeito Antônio Odinélio Tavares da Silva e dos secretários municipais de Infraestrutura (Alfeu Carpeggiani), Educação (Hilda Viana, que é irmã do prefeito) e Administração (Valdenice Printes da Silva).

Também foram alvos da Uruá-Tapera a assessora contábil e ex-secretária de Fazenda, Tereza de Souza Silva; o secretário de Fazenda, Raimundo das Graças de Souza Viana Júnior; a membro da comissão de licitação da prefeitura, Gilmara Carvalho Dias Varjão; a assessora Maria do Carmo Conceição Mileo Partenostro e a tesoureira do município, Maria Soares de Oliveira.

O procurador de justiça Nelson Medrado, que comandou a operação, disse que “verdadeiros absurdos estavam sendo praticados pela prefeitura, com distribuição de dinheiro sem nenhuma justificativa ou autorização”. Dentre as irregularidades foram constatadas montagens de processos, que já vem com a empresa vencedora, em procedimentos licitatórios forjados.

De acordo com a promotora de justiça Sabrina Mamede, todo o material apreendido, incluindo documentos, computadores, armas de fogo e munições serão analisados para a proposição de ações judiciais cabíveis, cíveis e criminais. Os inquéritos civis serão conduzidos pela PJ de Oriximiná e o a ação criminal contra o prefeito será conduzida em Belém pelo Núcleo de Improbidade Administrativa.


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