26/02/2021 às 15h56min - Atualizada em 26/02/2021 às 15h56min

Lixão a céu aberto continua preocupando moradores em Óbidos | Portal Obidense

Moradores do bairro Perpétuo Socorro fazem apelo para as autoridades pedindo uma solução para o labirinto de lixo localizado na zona urbana

Por: Marcelo Luiz


ÓBIDOS – O lixão a céu aberto em Óbidos é um problema que vem se arrastando há anos, onde envolve a sociedade em geral pelo avanço desordenado de moradia nas áreas próximas, além da falta de controle e organização do lixo por parte do poder público, assim como algumas pessoas fazerem seus descartes jogando em qualquer lugar próximo ao grande lixão que por se encontrar em área urbana causa desconforto aos moradores.

Pela Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010, as prefeituras com lixão a céu aberto podem responder por crime ambiental, com aplicação de multas de até R$ 50 milhões, além do risco de não receberem mais verbas do governo federal, era o que estipulava a lei, no entanto o citado projeto de Lei 2289/15, teve algumas alterações e por isso foi prorrogado para 2021 o prazo para que os municípios acabem com os lixões.

Nesta manhã de sexta-feira (26) o Portal Obidense atendeu o pedido de alguns moradores que residem no bairro Perpétuo Socorro nas imediações do lixão a céu aberto. Na oportunidade eles clamaram por providências em relação aos efeitos prejudiciais que o lixo causa a pessoa.


Seu Sebastião mora a quatro anos no bairro, fala sobre a dificuldade que passam diariamente.
“Moro aqui a quatro anos e esse lixo nunca foi retirado daqui prefeito e vereadores já vieram aqui, mas nunca fizeram nada pra retirar o lixo desse local. Eu moro aqui porque infelizmente quando eu vim para cá eu não sabia como era essa situação" relatou Sebastião morador do local.
  
Neuziane também moradora do bairro, fala sobre a situação em que vive. "Aqui é muito complicado, tem criança com asma, quando está seco tem pessoas que ateiam fogo e com isso sofremos com a fumaça. Eu perdi uma filha em 2019 por conta desse problema que agravou o pulmão dela e em seguida a depressão." Disse Sra. Neuziane moradora do local.

Outro morador, José Luiz falou dos problemas causados pelo lixão. "Nós temos uma dificuldade muito grande em nossa comunidade devido esse lixão, infraestrutura não existe aqui, a iluminação é precária. Nesse momento nossa principal luta é com relação a esse lixão que quando chove a água que escorre do lixão entra nas casas e afeta também várias ruas até mesmo onde crianças brincam" relatou o Sr. José Luiz.
 
Além do forte odor produzido pelos resíduos sólidos que são depositados nessa área, os moradores estão correndo risco de saúde proveniente das moscas e insetos que invadem as residências, e outros fatores prejudiciais que podem causar doenças como a dengue.
 
Nilson está entre os moradores que falou de sua preocupação e pede as autoridades que tomem providências. "Eu gostaria de destacar que, segundo a Lei 9.605/98 o lixão é um crime ambiental contra a fauna e flora e a poluição configura-se outro crime.  Eu gostaria que os órgãos competentes viessem aqui verificar esse problema pois isso aqui também é questão de saúde pública. Não dá mais para viver assim, as pessoas almoçam tendo que conviver com as moscas. E ainda falando de lei, o lixão precisa estar no mínimo 2 km de distância da zona urbana, mas aqui notamos que está a pouco mais de 50 metros." disse Nilson morador do local.
 
Os “lixões urbanos” são práticas antigas e constantes nas cidades brasileiras, nas quais encontramos os seus resíduos sólidos em locais inadequados e sem qualquer tratamento, geralmente às margens de rodovias, à céu aberto e próximos a locais habitados, o que vem a ocasionar danos ao meio ambiente (contaminação do solo e de lençóis freáticos), e colocando em risco a vida e a saúde da população, tendo em vista provocarem a proliferação de vetores de doenças (moscas, mosquitos, baratas, ratos). Todavia, se obedecidas as normas legais, deveriam estar localizados há dois quilômetros do núcleo urbano, a 200 metros de distância de regiões de água e três metros acima do lençol freático e em local isolado.




 

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