24/05/2018 às 09h36min - Atualizada em 24/05/2018 às 09h36min

Giro Brasil e principais notícias e opiniões - Caminhoneiros e seus patrões param país

Greve, paralisação em todo pais, desabastecimento em supermercado, falta de gasolina e alimentos estragando. O Brasil de agora!

Noticiado nos principais jornais
Por: Walmir Ferreira
Foto: Divulgação
GIRO BRASIL - Na noite de ontem, um Pedro Parente consternado anunciou redução de 10% no preço do diesel que sai das refinarias. Informou, também, que congelará por 15 dias este valor. “É uma medida de caráter excepcional”, afirmou o presidente da Petrobras, “são 15 dias para que o governo converse com os caminhoneiros.” Ele defende que o preço do combustível tem de flutuar de acordo com o dólar e o valor do barril no mercado internacional. Por enquanto, os caminhoneiros não cederam. No terceiro dia de paralisação, mais de 200 trechos de rodovias federais foram afetados. Em São Paulo, os postos do interior começaram a ficar sem combustível. No Rio, o diesel não chegou às garagens de ônibus. Nas duas capitais, as empresas reduziram suas frotas. Os Correios suspenderam temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados. E as empresas aéreas também avisaram: haverá impactos para as operações em decorrência da falta de abastecimento de combustível em alguns aeroportos brasileiros. (Estadão)

Parente afirmou que a decisão foi da empresa, sem interferência do governo federal. “Eu não vejo que nossa independência tenha sido arranhada com esta decisão, porque foi tomada por toda a diretoria. Não vejo nenhum arranhão em nossa autonomia.” Em Nova York, as ações da Petrobrás chegaram a cair mais de 13%, após o fechamento do mercado. (Globo)

Já era quase de madrugada quando a Câmara votou a reoneração da folha de pagamento. Aumentando a carga tributária sobre salários, pôde diminuir a que incide sobre combustíveis. Além de zerar a Cide, como haviam prometido na terça, os deputados eliminaram também PIS e Cofins. Sem conhecer o impacto da perda. O governo tentará reverter no Senado a decisão
 
Leandro Colon: “O governo de Michel Temer não aguentou três dias de greve de caminhoneiros. Sentiu o peso político de um país à beira de uma paralisia causada pelos protestos, não suportou a pressão, esqueceu o que dissera e foi à lona. Mostrou ao país e ao mercado internacional que a Petrobras topa perder um bom dinheiro (ao menos R$ 100 milhões no caixa da empresa) diante da incapacidade de enfrentar 72 horas de chantagem de uma categoria.” (Folha)

Miriam Leitão: “A greve dos caminhoneiros só pode chegar ao ponto em que chegou com a conivência dos empresários da indústria de transportes. Tanto é verdade que um dos pedidos feitos é de que não houvesse reoneração da contribuição patronal do setor. Todos os outros serão reonerados. O governo pode ceder, nos impostos ou na política de preços, mas não se livra do fato de que o país está vulnerável a essa chantagem. Caminhões transportam 64% da carga do país e essa parcela tem se mantido nos últimos anos. O país teve décadas, e inúmeros planos de desenvolvimento, planejamentos estratégicos, Pacs, para começar a reverter o rodoviarismo. Nestes dias ficou claro que, além de ser uma irracionalidade ambiental e econômica, a dependência ao setor pode encurralar o governo, desorganizar a economia e transtornar a vida dos consumidores. O país precisa levar a sério o esforço de investir em outros modais.” (Globo)
 

Celso Ming: “O argumento de que os preços ao varejo têm de ser previsíveis, como está nos comunicados da associação dos caminhoneiros, não guarda relação com a prática da economia. Os preços do tomate, do chuchu, da batatinha, da alface, de todos os grãos e das carnes variam todos os dias. As cotações das commodities mudam até mesmo ao longo do dia. As tarifas das passagens aéreas ou dos táxis regidos por aplicativos podem mudar a qualquer momento. Os mais importantes preços do dinheiro, o câmbio e os juros, também. Enfim, os principais preços da economia não garantem a pretendida previsibilidade, nem no atacado, nem no varejo. Exigi-la para os combustíveis é ignorar a realidade. O maior problema dos preços dos combustíveis no Brasil não é a periodicidade dos reajustes, que pode ser diária, mas a altíssima carga tributária sobre os preços no varejo.” (Estadão)
 
Igor Gielow: “A pressão e a concessão à interferência política na empresa que ele se orgulha de ter tirado do buraco podem levar Pedro Parente a sair mais cedo do cargo. A BRF está sem presidente-executivo efetivo desde que Parente foi eleito para dirigir seu Conselho no fim de abril. Talvez a greve dos caminhoneiros e a concessão sejam a senha para que ele adiante os planos. Quando assumiu a Petrobras, Parente disse que sua missão se encerraria com o fim do governo Temer. A condição básica era independência total na gestão da petroleira, algo que agora foi submetido aos humores da realidade em um ano eleitoral. Segundo pessoas ligadas à BRF, a empresa dificilmente poderia esperar até o fim do ano para ter um nome confirmado como seu novo CEO.” (Folha)
 
O ex-governador mineiro Eduardo Azeredo chegou a ser declarado foragido pela polícia, durante um naco do dia de ontem. Mas, no meio da tarde, vestindo jeans, camisa social e paletó claro, se apresentou à 1ª Delegacia de Polícia Civil Sul, em Belo Horizonte, acompanhado de um dos filhos e dos advogados. De lá, foi levado ao Instituto Médico Legal, submetido a um exame de corpo de delito, e então rumou para a Academia de Bombeiros Militar, no bairro do Cruzeiro. É lá, em um cômodo de 27 m2, com cama, mesa e banheiro com chuveiro elétrico, que começará a cumprir sua pena de 20 anos e um mês. O político tucano tem 69 anos

Calhou de ter sido no mesmo dia em que o candidato tucano à presidência, Geraldo Alckmin, era sabatinado por UOL, Folha e SBT. “O PSDB não é imune a críticas”, afirmou. “Não passamos a mão na cabeça de ninguém. A Justiça se faz para todos. Aliás, acaba de ser feita.” Quando instado a se posicionar a respeito dos adversários, comparou Jair Bolsonaro a candidatos petistas. “É a mesma coisa, corporativismo puro.” Mas acenou para o pedetista Ciro Gomes. “Ele quer reestatizar, eu quero privatizar”, falou. “Tenho discordância conceitual do Ciro, mas acho que ele tem espírito público. Não é um corporativista.” (Folha)

O ex-tesoureiro petista Delúbio Soares perdeu seus últimos recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Começará a cumprir pena de 6 anos pela Lava Jato. Delúbio, que já havia sido condenado no Mensalão, tivera aquela pena perdoada pelo Supremo. (Globo)

No início de maio, a turma do Reclame Aqui! pôs no ar o app Detector de Corrupção, para iPhone e Android. Tire o retrato de um político — na TV, no papel ou ao vivo — e o app localiza sua ficha criminal. Vieram as ameaças judiciais por parte dos políticos. Por conta, acaba de mudar o nome: Detector de Ficha de Político. Continua entregando os mesmos resultados


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