Foto: Agencia ParáPARÁ - O Governo do Estado do Pará, por meio da Fundação Carlos Gomes, realiza, até o dia 10 de abril, o IV Encontro de Canto da Amazônia (Encanta), evento que destaca o trabalho de descoberta de novos talentos do canto lírico local, desenvolvido pelo Núcleo de Ópera do Instituto Estadual Carlos Gomes.
A principal novidade do evento este ano é a realização de um musical e a montagem de duas óperas, Così Fan Tutte (Mozart) e La Serva Padrona (Pergolesi), que terão apresentações, respectivamente, nos dias 5 e 8 de abril, às 20h, e no dia 7 de abril, também no mesmo horário, no Theatro da Paz, com entrada gratuita. Os espetáculos, que têm na montagem profissionais paraenses, terão a participação de cantores líricos de Belém que vêm ganhando destaque no cenário operístico, como a soprano Kézia Andrade, o tenor Antonio Wilson e o barítono Idaias Souto.
Entre os artistas convidados estão o barítono Homero Velho, que interpretará o papel de Don Alfonso na Ópera Così fan Tutte; o preparador vocal Rafael Villar, professor de Belting e diretor de musical que irá dirigir em Belém o “Broadway in Concert”; o baixo barítono Damon Nestor Ploumis, diretor cênico da ópera Cosi fan Tutte; Glaucivan Gurjel, diretor cênico da ópera La Serva Padrona e a pianista Lígia Moreno.
A primeira montagem, Così fan Tutte é uma história sobre a infidelidade feminina. Dois jovens oficiais, Ferrando e Guglielmo, apostam com o amigo Don Alfonso que as suas noivas - as irmãs Fiordiligi e Dorabella - nunca os trairiam. E combinam uma encenação. Com a ajuda da criada Despina, são acolhidos na casa das duas irmãs disfarçados. Cada um acaba por conquistar a noiva do outro, e quando estão prestes a concretizar um falso casamento, Don Alfonso confirma que assim fazem todas (Così fan tutte). A trama é desmascarada e os pares originais se reconciliam.
Para os padrões do século XIX, era inaceitável o comportamento da mulher que a ópera põe em cena. O enredo foi durante muito tempo considerado decadente, imoral e indigno de Mozart. Mas, a partir de meados do século passado, a obra vem ganhando novas leituras, sucessivas montagens e atraindo cada vez mais a atenção do público.
A ópera La Serva Padrona, por sua vez, é considerada a primeira ópera cômica da história. Foi ela que tornou Giovanni Pergolesi conhecido internacionalmente. Divertida, conta a história de três personagens, sendo um deles mudo. Foi escrita apenas para preencher um intervalo entre os atos de outra ópera. Traz uma criada namoradeira que finge ser a própria patroa para enganar o amante.
Encanta
Idealizado pelo Núcleo de Ópera do Instituto Estadual Carlos Gomes (IECG), o Encontro de Canto da Amazônia tem como objetivo agregar conhecimento aos alunos e professores de canto, por meio de atividades artísticas e pedagógicas, que estimulem e desenvolvam nos cantores possibilidades vocais e especificidades como performance, treinamento auditivo, prática de conjunto e consciência corporal e cênica. É voltado para profissionais de canto, professores e estudantes de canto lírico, regentes de coro e coralistas.
Como nos anos anteriores, o evento proporciona também a realização do II Concurso de Canto Marina Monarcha, que está sendo realizado até esta sexta-feira, 6 de abril. O concurso tem o objetivo de dar oportunidade aos novos talentos do canto paraense e presta uma homenagem a uma das mais importantes professoras de canto lírico do Pará e uma das maiores incentivadoras dessa arte no estado nas décadas de 70 e 80. O Concerto de Premiação do II Concurso de Canto Marina Monarcha será no dia 6, às 20h, no Theatro da Paz, com entrada franca.
