05/08/2017 às 10h57min - Atualizada em 05/08/2017 às 10h57min

Com mais de 200 anos de história e tradição a cidade de Prainha iniciará neste domingo dia 06 a festa de sua padroeira.

O Círio completa 67 anos, hoje, sábado (05) acontece a transladação da imagem e a cidade toda está voltada para viver momentos de fé e devoção.

Para: Portal Obidense
Por: Zeca Oliveira
Fotos: Arquivos - Prainha

PRAINHA – Município de Prainha que fica localizado no oeste do estado Pará, aproximadamente com 30 mil habitantes, teve sua origem na margem do Rio Urubuquara, que possuía a denominação de Outeiro, dado seu difícil acesso, seus moradores o transferiram para as margens do Rio Amazonas.

Neste domingo (06)) a cidade celebra o Círio de sua padroeira nossa Senhora das Graças que já tem 67 anos de história, de uma paróquia que em 2017 completa seus incríveis 212 anos de evangelização.

O círio vem mantendo sua história através de memorias de seus participantes, que veio de outeiro por transferência, seus devotos chamavam de nossa senhora da Vitória e outros da Saúde. A Imagem feita de madeira, foi confeccionada pelo grande Metre Aleijadinho foi adotada como Nossa Senhora das Graças.

Na época se entrava na igreja de tamanco, todos ao mesmo tempo em uma som memorável, as missas ainda eram celebradas em latim, onde o Padre ficava de costa para o povo.

O primeiro Círio foi levado para Monte Santo em 1950, onde surgiu o primeiro povoado dos índios Urubucuara, depois passou para Alto Maior, Serrinha e por último para o aeroporto. (Na época a administração era Otávio Correia Miranda).

O Portal Obidense, falou com seu Rodolfo da Fonseca Medeiros com 82 anos de idade, nascido em agosto de 1936. Uma figura carismática, muito querido pelo povo prainhense, cheio de versos e rimas contou um pouco o círio de Prainha.

“Me orgulho e nunca me arrependi de estar engajado nesse trabalho, ficar transmitindo aquela mensagem de tornar Cristo conhecido e amada. Uma lição que aprendi nesses meu 82 anos de vida e 67 anos de festa de nossa padroeira é que nunca sabemos de tudo”.

Seu Rodolfo se orgulha de falar de sua Prainha, foi o primeiro Ministro ordenado por Dom Thiago bispo de Santarém e diz sorridente: “Por Prainha eu morro e por Prainha eu mato carapanã, mutuca e carrapato...” mostrando uma figura humano singular na cidade de prainha.

Dona Cely Dib de 43 anos, filha de Almerim, tem parte de sua dedicada a igreja, conta para o leito um pouco sobre o Círio.

“Cheguei em 1974 em Prainha e já me engajei na igreja, para mim isso foi marcante em minha vida, sinto um amor imenso e vivo ativamente na catequese. Quando comecei os círios eram feitos nos rio Outeiro depois para a sede do município e arredores, com participação das comunidades em rodizio, a população em geral participa. Este ano vamos ter uma experiência nova, com grande desafio, com a retirada da bebida alcoólica, algumas pessoas insatisfeita, e a igreja quer uma festa diferente, onde aja paz, amor e muita fé”.

Um ponto de destaque é o pároco Tomé Alexander que é indiano com menos de 2 anos em prainha, mas assumiu a igreja somente este ano, ainda está caminhando a aprender o idioma português.

“Vim de meu pais, para contribuir, gostei muito da cidade de Prainha, muito bonito, comecei meu trabalho em janeiro, vou ter dificuldade sobre línguas, o português é muito difícil, hoje é meu maior problema. Estou estudando e vou superar, temos a graça de Deus para que possamos nos comunica. Aqui o prainhense tem muito amor para com Nossa Senhora das Graças, um povo dedicado e generoso”.

A festividade terá seu encerramento no dia 16 de agostos, várias programações serão feitos nesse período.


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