25/11/2016 às 21h17min - Atualizada em 25/11/2016 às 21h17min

A melhor arma para combater a violência contra a mulher é a prevenção e denúncia.

Por: Walmir Ferreira

ÓBIDOS - Nos últimos anos os casos de violência contra a mulher foram muito divulgados na mídia e principalmente nas redes sociais. Aliás, esta última acaba sendo um grande desafogo para as denúncias já que qualquer pessoa pode ter acesso à internet com maior rapidez.

Segundo dados de grupos que combatem a violência doméstica, a cada dois minutos cinco mulheres são agredidas no Brasil. E de cada 100 mulheres assassinadas 70 são mortas por seus companheiros ou ex-maridos.

Óbidos não foge a esta triste realidade.

Há dois anos vários casos são registrados na delegacia de polícia civil de Óbidos nos finais de semana. Há um ano, durante o início do mês de novembro de 2015 dezenas de casos ou nem foram feitos Boletins de Ocorrência (B.O.) ou nem foram registrados.

Movimentos de mulheres e movimentos feministas não chegam a um acordo quanto ao termo conhecido como femicídio e feminicídio.

Feminicídio é algo que vai além da misoginia,( é o ódio, desprezo ou repulsa ao gênero feminino) criando um clima de terror que gera a perseguição e morte da mulher a partir de agressões físicas e psicológicas dos mais variados tipos, como abuso físico e verbal, estupro, tortura, escravidão sexual, espancamentos, assédio sexual, mutilação genital e cirurgias ginecológicas desnecessárias, proibição do aborto e da contracepção, cirurgias cosméticas, negação da alimentação, maternidade, heterossexualidade e esterilização forçadas.

As formas de violência contra a mulher são abrangentes e variam muito de acordo com sua intenção, desde a agressão verbal e o assédio ao espancamento e estupro.

"Aqui no município nós somos testemunhas de casos bem cruéis, casos muito emergenciais e temos feito a nossa parte. O importante é a prevenção. Violência não é só algo físico, a mulher pode ser vítima de várias formas de agressão, física, psicológica, moral." Informa o Sgt. Rocha da polícia Militar.

O medo e na maioria dos casos por submissão das vítimas ao companheiro muitos casos não são divulgados e acaba ficando no esquecimento. Não para quem sofre as agressões, físicas ou psicológicas. São exemplos como estes que novas leis buscam ceder para que as denúncias sejam repassadas por conhecidos, parentes ou vizinhos de vítimas de violência doméstica.

Já em novembro de 2016 os casos de violência doméstica diminuíram em comparação com o mesmo mês no ano de 2015. Mesmo assim as polícias Civil e Militar redobram as orientações para que os casos continuem em menor escala.


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