20/10/2015 às 15h44min - Atualizada em 20/10/2015 às 15h44min

Jogos mundiais indígenas terão participação de etnias paraenses

Serão representantes paraenses as etnias Assurini do Tocantins, de Tucuruí; Gavião Kyikatêjê e Gavião Parkatêjê, que vivem na terra indígena Mãe Maria, no município de Bom Jesus do Tocantins; os Wai-Wai do de Oriximiná; e os Kayapo Mebêngokrê, do município de Tucumã.

Tatiane Dias – Agencia Pará
Foto: Agêcnia Pará

PARÁ - Quatro etnias paraenses vão participar da primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), com início das atividades marcado para esta terça-feira (20) em Palmas, no Tocantins. A competição vai reunir mais de dois mil atletas representantes de 24 povos nacionais e 24 de outros países, a exemplo do México, que enviará 50 integrantes de 44 etnias. Serão 12 dias de competição e de confraternização de culturas.

O Pará tem tradição em esportes indígenas. Todos os anos, o governo do Estado promove os Jogos Tradicionais Indígenas do Pará, que mostra a força, habilidade, integração e a luta para manter viva a identidade dos povos tradicionais, além de estimular o respeito entre os povos de diferentes culturas.

Os jogos mundiais indígenas vão além do esporte, promovem também o intercâmbio cultural entre os os participantes. “Será uma oportunidade não só de rever os parentes indígenas de outros estados do Brasil, como de poder mais uma vez competir e mostrar nossas modalidades, além da trocar experiências no âmbito da cultura, rituais, cantos e danças com povos de todo o mundo", diz a coordenadora dos Jogos Tradicionais Indígenas do Pará, Ana Júlia Chermont.

Serão representantes paraenses as etnias Assurini do Tocantins, de Tucuruí; Gavião Kyikatêjê e Gavião Parkatêjê, que vivem na terra indígena Mãe Maria, localizada no município de Bom Jesus do Tocantins; os Wai-Wai do município de Oriximiná; e os Kayapo Mebêngokrê, do município de Tucumã, sudeste do Pará. Eles competirão em grande parte das modalidades como, canoagem, corrida de rua, natação, arco e flecha, tiro de lança, corrida com tora, futebol masculino e feminino, além de jogos de demonstração.

A competição será também um momento de levantar a bandeira do esporte indígena paraense. "Como grandes guerreiros que são, sei que eles vão competir com muita garra e determinação, pois já estão se preparando já alguns meses nas modalidades que fazem parte de  seus rituais. O importante não é competir, mas sim celebrar", finalizou Ana Júlia Chermont.

As etnias participantes do Jogos Mundiais dos Povos Indígenas foram selecionadas pelo Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), que observou nas edições nacionais critérios como idioma, crenças, ritos, pinturas corporais, músicas e os esportes praticados pelos índios. A principal estrutura para a prática das modalidades é a Arena Verde, que concentrará grande parte das modalidades e tem capacidade para cerca de 10 mil pessoas.

Tatiane Dias – Agencia Pará


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