ÓBIDOS - Na infância da fantasia e da inocência, o gostoso era fazer os próprios brinquedos! Mas na verdade era mesmo a falta de condições, famílias eram numerosas, os mais velhos cuidavam e produziam os brinquedos para os mais novos.
Subir no coqueiro e pegar a palha maior e mais verde que daria então para fazer aquela famosa arma de brinquedo como nos filmes da época como Tarzam o rei da selva, Sessão Bang-Bang, Daktare a Aventura na África ou até mesmo o James West, indo mais longe como era eletrizante ver Daniel Boone.
Nas viagens da imaginação de cada criança, o desejo de se tornar igual o seu artista da TV, e sair “poraí” atirando em índios, prendendo bandidos e porque não se casar com a moça mais linda da região.
Fazer seus esconderijos debaixo dos capins, matos bastante crescidos nas ruas de sua pequena cidade, como cenário rua Eloy Simões (Atual: Av: Dom Floriano) bairro da Cidade Nova, próximo da serraria no caminho da Aveia na Cidade de Óbidos.
Brincar com armas, atiradeiras e estraladores de pólvora foi sem dúvida recorrente em quase toda a minha infância. Seja de pau, de talo de mamão, tubo de PVC, de palha de coqueiro, lá estavam elas no dia a dia dos meninos brasileiros daquela época (1979 a 1985)
Papagaio
Depois nada melhor que empinar papagaio, juntar garrafas, lâmpadas fluorescentes ou atém mesmo Lã de vidro, para isso, tínhamos que explorar lixeiras atrás das geladeiras velhas para extrair de seu interior a
Pião
Mas o bom mesmo era ter o pião feito de galho da goiabeira, que se fazia do tamanho que quisesse e ainda pintava da cor que queria ou quando não de urucú para causar impacto aos demais adversário e se fosse pra roda, deixava o pião dos coleguinhas “zarolho” de tão duro que é.
Na aventura dos quintais e das ruas ainda de terra com caminhos, a imaginação surgia os carrinhos feitos de latas de sardinhas ou até mesmo de madeiras com rodas de sandálias
Também aproveitávamos o laguinho, aveia, engenhos para fazer os testes dos barquinhos feito de isopor roubado das boias das malhadeiras de nossos pais, mas a festa toda era quando chovia e sempre acontecia, tomar banho de chuva e brincar soltando os barcos na correnteza.
Muitas formas de se brincar eu aprendi, como correr a cidade toda sem sentir o cansaço empurrando uma roda de “jansse” de bicicleta sendo impulsionada por um pau de arco, não
São muitos brinquedos que lembro e que passava o dia todos brincando, como a mini sinuca (Biralito), com bolas de peteca com tacos curtos e que dava uma adrenalina colocar
Não me diga que chegou até aqui pra ler tudo isso e não saber o que é um corrupio? Aquele brinquedo feito de tampinha de refrigerante com dois furos no meio, quando rodava cortava matos e pontas de plantas. Que nunca jogou, bole-bole, brincou de “Lare-Lare”, de bandeirinha, pira-cola entre muitas. De tudo isso tenho até hoje uma lição, nada foi tão fácil. Quando se perceber ou ver uma facilidade pode desconfiar e sair correndo, se não fizer isso, será mais uma de milhares de crianças a perder a sua infância, sua fantasia e sua inocência.
Vejam alguns registros abaixo