21/07/2016 às 14h41min - Atualizada em 21/07/2016 às 14h41min

Pará não registra este ano mortes por doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti

Os municípios de Alenquer e Oriximiná, no oeste do Pará, estão entre os que mais registraram casos das doenças transmitidas pelo mosquito

Por: Mozart Lira/ Agência Pará de Notícias
Foto: Claudio Santos/ Ag. Pará

PARÁ - O Pará registrou 4.863 casos de dengue, 134 de zika e 24 de febre chikungunya entre 1º de janeiro e 19 de julho deste ano, segundo o décimo Informe Epidemiológico de 2016, emitido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) sobre as ocorrências confirmadas das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti

Dos municípios paraenses com maior ocorrência de dengue, Belém continua a liderar o ranking, com 501 casos confirmados. Em seguida vêm Alenquer (com 408), Dom Eliseu (399), Oriximiná (294), Marabá (233), Pacajá (219) e Tucuruí (199). Em todo o Estado não houve registro de mortes por nenhuma das três doenças em 2016. A Sespa orienta que as secretarias municipais de Saúde informem, no período de 24 horas, a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas.

Para a confirmação de óbitos é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados do Estado, como o Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC) – preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Monitoramento - A execução de ações de combate à dengue é de competência dos municípios, que devem cumprir metas, entre as quais vistorias domiciliares por agentes de controle de endemias. Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios, que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e orienta as prefeituras sobre o uso correto de inseticidas (larvicidas e adulticidas). A secretaria estadual também promove visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a capacitação sobre febre chikungunya e zika.

Quando há necessidade, a Sespa faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também são realizadas ações educativas e de mobilização, para incentivar a participação da população no controle da dengue.

Casos de contaminação pelo vírus da febre chikungunya já foram confirmados 24 vezes no Pará este ano, por meio de critério laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas. No ano passado, houve confirmação de 14 casos importados da doença.

Sintomas - Os vírus da dengue, chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e provocam sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas as doenças têm gravidades diferentes, sendo a dengue a mais perigosa, pois pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, causando febre repentina, dores musculares, falta de ar e indisposição. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.

A chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre 10 e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses, e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika, com sintomas que se limitam a, no máximo, sete dias. Este ano não há registro de casos de morte provocados pela doença no Pará.

A Sespa reitera que os cuidados com a zika seguem os mesmos procedimentos em relação à dengue e chikungunya. Só em 2015 foram registrados 42 casos da doença no Estado. Neste ano, até o momento, 134 ocorrências foram confirmadas pelo IEC, mediante critério laboratorial. O tratamento para a zika é apenas de suporte e correção de sequelas. O procedimento necessário é diminuir a incidência do mosquito transmissor.

A Sespa alerta que, mesmo com o período de estiagem, quando há menor volume de chuvas, a população deve continuar combatendo possíveis criadouros do mosquito. Em caso de dificuldade, as pessoas devem acionar os programas municipais de Controle da Dengue mantidos pelas prefeituras, que visitam as casas para inspecionar possíveis locais que sirvam de criadouro para o mosquito, com o objetivo de eliminar os focos e orientar os moradores quanto à prevenção e controle do Aedes aegypti.


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