21/04/2016 às 15h55min - Atualizada em 21/04/2016 às 15h55min

Mário Henrique fala das dificuldades financeiras do município e culpa dívida milionária com o INSS

Durante entrevista coletiva, prefeito garantiu que será coerente na hora de fechar orçamento para 2017, independente do resultado das eleições municipais.

Por: Érique Figueirêdo
Foto: Wendel Menezes

ÓBIDOS – O prefeito de Óbidos Mário Henrique de Souza Guerreiro, concedeu a sua primeira entrevista à imprensa obidense, após chegar de uma viagem de mais de 15 dias a capital do estado. Mário falou sobre um dos assunto mais delicados no momento, as finanças de sua gestão.

Questionado sobre a atual situação econômica do município e sobre os sucessivos atrasos nos pagamentos dos servidores, Guerreiro garantiu que apesar das dificuldades, Óbidos está à frente de outros municípios da região.

“Sempre agradeço muito a Deus, pelo fato de nós estarmos cumprindo ainda pelo menos os nossos compromissos com os servidores. Temos municípios muito próximos nossos que estão em uma situação muito complicada, de quatro, cinco meses sem pagar os seus servidores. Isso mostra o equilíbrio que nós estamos tendo à frente desse município. Os problemas sempre serão maiores do que as nossas condições, mas enfrentaremos esse momento de cabeça erguida”, garantiu o prefeito tucano.

Mário se disse atento aos problemas vivenciados em Brasília nos últimos meses, e afirmou que é preciso manter um política econômica coerente, e usar os recursos oriundos da arrecadação municipal, para driblar a crise econômica no momento de instabilidade política do país.

“Estamos sentindo bastante os efeitos dessa crise, até porque muitas competências foram passadas aos municípios, tanto federias quanto estaduais, e não foi dado essa fomentação necessária. Essa situação só não é pior, porque melhoramos a nossa arrecadação. Quando nós entramos aqui em 2013, a arrecadação de 2012 tinha sido de um milhão e cem, hoje nós fechamos na casa dos dois milhões e cem, dois milhões e duzentos, o que tem possibilitado uma pequena folga no nosso orçamento”

Sobre as dificuldades enfrentadas para manter as contas públicas equilibradas, Mário apontou o pagamento das parcelas da dívida milionária do município com o INSS como o principal problema.

“Só para vocês terem uma ideia, nós tivemos que negociar uma dívida de quase cinquenta milhões de reais de INSS, e que isso vem descontado no nosso FPM quase todo o mês. Além de Celpa, Igeprev, de Iasep, são inúmeras dívidas que nós temos que honrar. No mês de março todos os repasses de FPM dos dias dez, vinte e trinta, vieram zerados, o que nos rendeu um prejuízo de mais de um milhão e duzentos mil reais. Nesse mês, as parcelas do dia dez e vinte também zeraram, porque foram retidas pela Receita Federal”.

Sobre o orçamento para 2017 que será feito pela equipe econômica de Mário Henrique, o prefeito fez a previsão de um orçamento mais acanhado do que o de 2016, mas garantiu que independente do resultado das eleições, usará o bom senso para garantir os recursos para o próximo ano.

“É hora de pisar no freio, nós não podemos confundir o momento político, com a administração pública. Não podemos usar isso de forma exacerbada e irresponsável, isso vocês podem ter certeza que eu não farei. Sou sim candidato a reeleição, mas não quero fazer o que fizeram comigo. Se eu tiver de entregar esse município, eu quero ter o prazer de entregar a chave ao meu sucessor, não quero mandar por alguém. Além de um orçamento digno e das finanças organizadas, eu quero pelo menos deixar um computador funcionando, um papel em cima da mesa. Não quero e nem vou entregar o município à revelia como se fosse propriedade minha”, finalizou Mário.


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