23/05/2018 às 17h06min - Atualizada em 23/05/2018 às 17h06min

Pará recebe nesta quinta a certificação internacional como área livre de febre aftosa

O rebanho do Pará é o quinto maior do Brasil, com mais de 20 milhões de cabeças. O reconhecimento internacional abre mercado à economia paraense, a maioria dos municípios paraenses tem a pecuária como principal atividade

Inf: Agencia Pará
Por: Walmir Ferreira
Foto: Agencia Pará
PARÁ - Uma comitiva com representantes do setor agropecuário do Pará participa da 86ª Seção Geral da Assembleia Mundial de Delegados, promovida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE na sigla em inglês), que iniciou no domingo, 20, e segue até esta sexta-feira, 25, em Paris, na França. O estado do Pará, juntamente com os estados do Amapá, Amazonas e Roraima recebe, nesta quinta-feira, 24, a certificação internacional de área totalmente livre de febre aftosa com vacinação, tornando todo o Brasil 100% livre da doença.

Durante a Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, que reúne 800 representantes de 181 países signatários, serão discutidas normas de erradicação de doenças de animais (inclusive as transmissíveis a pessoas, como brucelose, tuberculose, influenza aviária e vaca louca), segurança sanitária do comércio internacional de animais e produtos de origem animal, bem-estar animal e alterações do Código Sanitário para Animais Terrestres. Também será apresentada a implantação dos Padrões da OIE pelos Países Membros da OIE, a situação atual e necessidades específicas de capacitação.


Na assembleia geral da OIE estão presentes o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi; a secretária adjunta de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Pará, Rosirayna Remor; a presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Pará, Maria Antonieta Martorano e o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Luiz Pinto, entre outras autoridades.

O ministro Blairo Maggi, em discurso na abertura da 86ª Sessão da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), disse que o reconhecimento do Brasil como país livre da aftosa com vacinação é “a vitória de uma longa e dura trajetória de muita dedicação de pecuaristas e do setor veterinário oficial brasileiro”.

Mercado
O rebanho do Pará é o quinto maior do Brasil, com mais de 20 milhões de cabeças. O reconhecimento internacional abre mercado à economia paraense, pois a carne é o segundo item na composição do Produto Interno Bruto (PIB) e a maioria dos municípios paraenses tem a pecuária como principal atividade.


Para o diretor geral da Adepará, Luiz Pinto, o sucesso da campanha de vacinação para se chegar ao status de 100% livre da febre aftosa deve-se ao trabalho institucional realizado pelo governo, ao compromisso dos produtores com a vacinação e ao empenho dos técnicos da Adepará. “Essa meta tem um grande significado para os criadores e para a população como um todo, comprovando mais uma vez que o rebanho paraense está imune e que vem sendo cumprida a meta preconizada pelo Ministério da Agricultura”, afirma.

Na avaliação do gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa da Adepará, George Santos, o Pará, mesmo com as características típicas do Estado – tamanho, geografia e regiões com diferentes status sanitários – conseguiu cumprir todas as etapas de vacinação com sucesso e garantir êxito no alcance de uma área totalmente livre de febre aftosa com vacinação.

A bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial. Dados de 2017, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mostram que somente a pecuária representou um Valor Bruto da Produção (VBP) de 175,7 bilhões de reais. No mesmo período, apenas o complexo carnes teve um crescimento nas exportações da ordem de 8,9%, atingindo um volume de 15,5 bilhões de dólares.


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