02/04/2018 às 08h37min - Atualizada em 02/04/2018 às 08h37min

Forte Pauxis, marco da colonização portuguesa na Amazônia sendo revitalizado pela PMO através de ação da Secretaria de cultura e turismo, em parceria com a Acob (Associação Cultural obidense).

Info. Eduardo Dias
Por: Walmir Ferreira
Foto: Eduardo Dias

ÓBIDOS - O lugar onde hoje existe Óbidos foi muito mais importante do ponto de vista militar do que religioso. Já havia, em 1690, três missões religiosas não muito longe do “Estreito”: a Missão dos Gurupatubas (hoje Monte Alegre) fundada em 1657, a Missão dos Tapajós (hoje Santarém) fundada em 1661, e a dos Tupinambaranas (hoje Parintins) fundada em 1669, todas sob jurisdição dos Jesuítas.

Índios Pauxis, já haviam sido levados das proximidades da foz do rio Trombetas para a foz do rio Xingu em 1660, sem ter sido estabelecida nenhuma Missão no local do Estreito. O próprio padre Bettendorff, quando de sua visita pelas missões do Baixo Amazonas, relata ter celebrado missa NA PRAIA, em um lugar próximo à foz do rio Trombetas, POR NÃO HAVER MISSÃO entre os índios daquela região próxima do “Estreito”.

Mutirão de pintura

Na última semana um mutirão organizado pela prefeitura de Óbidos através da Secretária de Cultura e a ACOB (Associação Cultural obidense) deram uma nova cara para nosso Forte Pauxis, a ação foi possível através de contribuição de alguns obidenses que amam sua cidade e lutam pela sua história, através de contribuições conseguiram comprar tintas e pintar a frente, além da limpeza realizada dentro e ao lado do prédio histórico.

Ações como essas são muito bem vistas pela sociedade que deveriam ainda mais se juntar aos poucos que são determinados para mudar um pouco da cara e realidade de nossa cidade.

Nosso forte é assunto de muitas brigas e discussões, envolvendo processos, justiça e Ministério Público, quem pode mexer, estado prefeitura? O fato é que não pode ficar abandonado e se depreciando pelo tempo e sendo motivo de chacota de visitantes que vem a nossa cidade com a esperança de ver um patrimônio altamente divulgado pelos seus filhos mundo a fora e ao se depararem com um prédio velho e caindo aos pedaços, começam a falar e a criticar o poder público, a população e a cidade de Óbidos, o que poderia ser benéfico para a cidade causa um efeito ao contrário.   

A construção do forte deve ter iniciado no ano seguinte (1698) visto que, em resposta de um relatório enviado pelo Governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho em 27 de julho de 1698, o próprio Rei lhe agradece pelo empenho nas edificações das fortalezas (conforme Carta Régia de 09 de dezembro de 1698). Dos quatro fortes citados (Almeirim, Manaus, Santarém e Óbidos) o único que ainda hoje mantem-se de pé é o de Óbidos.


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