06/03/2018 às 11h55min - Atualizada em 06/03/2018 às 11h55min

Também conhecida como Vila dos Boraris, veja dez curiosidades sobre a História de Alter do Chão que completa 260 anos neste 06 de março.

Do Blog do Pé. Sidney
Por: Pe. Sidney Augusto Canto
Foto: Blog do Pe. Sidney

01. Em 1804, quando o Bispo do Pará mandou fazer um levantamento da situação das paróquias do Bispado do Pará. A paróquia de Nossa Senhora da Saúde, em Alter do Chão, contava então 283 habitantes. Não tinha pároco colado, mas interino que recebia côngrua de 80$000 (oitenta mil réis).

02. Em 27 de junho de 1875 era criada a subdelegacia de polícia para a freguesia (paróquia) de Alter do Chão. Na ocasião foram nomeados os primeiros responsáveis a zelar pela segurança no referido lugar: João Raimundo de Souza (subdelegado), Quirino de Souza Pedroso (ou Pereira? 1º suplente), Adrião da Silva Pedroso (2º suplente) e Raimundo de Carvalho Branco (3º suplente).

03. Em 1875, era professor da freguesia de Alter do Chão o sr. Emílio Augusto da Cunha Pereira. Ele sugeriu ao presidente da Província que o mesmo criasse uma Escola em Pinhel, criada por meio da Lei Nº 842, de 19 de abril daquele ano. Foi atendido e, no ano seguinte foi removido para ser o primeiro professor da dita escola. Em seu lugar, foi nomeado o cidadão Quirino de Souza Pereira para reger provisoriamente a Escola de Alter do Chão.

04. Em 08 de julho de 1877, o pároco de Itaituba, padre José Henrique Felix da Cruz Dacia, é encarregado de exercer as funções de pároco também da das freguesias (paróquias) de Alter do Chão, Aveiro e Boim, ou seja, um único padre para cuidar de todo o rio Tapajós, desde Alter do Chão até os seringais das primeiras cachoeiras.

05. Ainda em 1877, o delegado literário da freguesia de Alter do Chão, comunica ao governo da Província que um cidadão, cujo nome declinava de citar, havia doado uma casa sua para servir de Escola Pública naquele lugar. O Presidente da Província mandou louvar o cidadão por um “ato de patriotismo e amor à causa da instrução popular” e exigiu que o professor da freguesia mandasse levantar os custos das reformas que se faziam necessária para que a casa servisse ao destino da educação dos habitantes da freguesia.

06. A atual Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde foi iniciada pelo incentivo e labor do Arcediago José Gregório Coelho, que conseguiu consignar verba estatal para a mesma, além da ajuda do povo do lugar. Em 1883, entretanto, já carecia de ser reformada, por isso, o Governo Provincial, tendo por fundamento a Lei Nº 1.088, de 04 de novembro de 1882, colocou a quantia de 4:000$000 (quatro contos de réis) no orçamento daquele ano de 1883, destinado para as reformas da Igreja Matriz de Alter do Chão.

07. No entanto a Igreja só seria concluída em 1886. Naquele ano, em 26 de janeiro, o presidente da Província do Pará nomeia uma comissão para que, com o recurso disponível no orçamento do Estado, possam concluir as obras da Matriz de Alter do Chão. A referida comissão era assim constituída: Vicente Caetano Pedroso (presidente da mesma), João Ferreira da Paz, José Antônio Gonçalves, Agostinho da Silva Pedroso e Thomas da Silva Pedroso.

08. Em 1890, o governador do Estado do Pará, Justo Chermont, visitava a Vila de Alter do Chão. Visitou a Igreja e as Escolas Masculina (regida pelo professor José Antônio Gonçalves) e a Feminina (regida pela professora Maria Odília da Rocha Rodiz). O governador não gostou da localização do cemitério do lugar, achando-o em posição muito próxima e recomendou que, para o bem e salubridade do lugar, fosse removido para um local muito mais distante. Mais de 128 anos depois, o cemitério continua no mesmo lugar.

09. Em 1896, um cidadão nascido em Alter do Chão e que até então lá vivia toda a sua vida, ganhou destaque na imprensa da Capital. Trata-se do senhor José Frade, que contava mais de quarenta anos àquela época. Este cidadão, nativo de Alter, nasceu sem os braços e apenas com dois pequenos dedos em um dos ombros, apesar disso era sadio e robusto e com os pés, exercia sua profissão em Alter: era sapateiro. Com os dedos dos pés colocava linha na agulha e com destreza cozia e pespontava os sapatos dos habitantes. Quanto aos dois pequenos dedos do ombro, usava-os apenas para o vício do fumo.

10. Em 1897 foram trocadas diversas lideranças na freguesia de Alter do Chão. Foram nomeados neste ano: João Pedro de Souza para subprefeito de polícia, tendo como suplente Febrônio Batista da Costa e Antônio Rolin de Oliveira Acioly, que até então regia a Escola de Boim, foi nomeado para reger a Escola Pública de Alter do Chão.

Fontes: Acervo pessoal do autor, acervo ICBS e acervo da Biblioteca Nacional. - (Blog do Pe. Sidney Augusto)

 


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