18/08/2017 às 22h04min - Atualizada em 18/08/2017 às 22h04min

Operação de reflutuação de rebocador que naufragou só deve ser realizada em novembro

Prazos para apresentação e avaliação do plano de reflutuação foram anunciados nesta quarta-feira (16) em reunião com familiares dos desaparecidos.

Fonte: G1 - Santarém
Por: Eury Silva
Foto: Reginaldo Balieiro

ÓBIDOS - Em reunião realizada na quarta-feira (16) com a presença de representantes da Marinha, Corpo de Bombeiros, Bertolini, Mercosul Line e familiares dos desaparecidos em naufrágio com rebocador, foi definida a data de 5 de setembro para apresentação dos planos de salvamento da embarcação. Já a operação de reflutuação só deve acontecer em novembro.

A embarcação que naufragou no dia 2 de agosto após bater no navio cargueiro Mercosul Santos, foi localizada por meio de scanner, a 57 metros de profundidade no Rio Amazonas, próximo ao município de Óbidos, no oeste do Pará. Nove das 11 pessoas que estavam na embarcação no momento do acidente seguem desaparecidas. Há possibilidade de que elas não tenham conseguido sair do compartimento fechado da embarcação.

Técnicos da consultoria contratada pela Bertolini apresentaram durante a reunião desta quarta-feira, uma proposta de plano que será repassado a empresas especializadas em salvatagem, para que as interessadas elaborem os seus planos de salvamento.

“Foi dado prazo até 5 de setembro para que as empresas apresentem seus planos, a fim de que, até o dia 11 seja feita uma avaliação e até o dia 15, seja apresentado efetivamente o plano para Marinha para aprovação. Nesse período será realizada a mobilização dos meios que serão necessários para a reflutuação da embarcação e assim ter acesso ao interior dela”, informou o comandante da Capitania Fluvial de Santarém, capitão Ricardo Barbosa.

De acordo com o capitão, em razão das dificuldades que se apresentam para esse tipo de salvamento, a proposta é que se aguarde até o momento de baixa do rio, que acontece normalmente em outubro e novembro para fazer a reflutuação. “Quando o nível do rio está mais baixo, a tendência é a velocidade da correnteza diminuir, porque é a forte correnteza que tem atrapalhado as operações de mergulho. As empresas precisam fazer todo um planejamento, para que a operação seja feita com segurança. O objetivo desse planejamento é que não haja mais desaparecimentos”, frisou.

Sobre a liberação do navio Mercosul Santos para seguir viagem, capitão Ricardo Barbosa explicou que toda a tripulação já havia sido ouvida tanto no inquérito policial quanto no administrativo. A Mercosul Line solicitou a liberação da embarcação e os tripulantes já haviam sido liberados pelos encarregados dos inquéritos. “Não havia motivo para a que a embarcação continuasse na área do acidente. Ela seguiu para inspeção e a classificadora deu o laudo positivo, então a Capitania teve que liberar o navio para ele seguir viagem”, ressaltou.

Os familiares dos desaparecidos no naufrágio não saíram nada satisfeitos na reunião. Para eles, a Bertolini não está se empenhando para o salvamento da embarcação que naufragou.


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