23/05/2017 às 16h01min - Atualizada em 23/05/2017 às 16h01min

Associação das Mulheres Trabalhadoras de Óbidos Está Construído sua sede Própria de garrafa Pet

Uma iniciativa inédita em Óbidos, requer coragem, conhecimento para aliar, segurança, economia e pioneirismo e ainda ajudar o meio ambiente.

Para: Portal Obidense
Por: Eury Silva
Fotos: Eury Silva

ÓBIDOS - Associação das Mulheres Trabalhadoras de Óbidos, resolveu unir criatividade, economia e preservação ambiental em uma construção onde futuramente funcionará sua sede própria. Segundo informações será usado cerca de   30 mil garrafas pet para a estrutura que dará sustento a casa no bairro de Fatima.

O resultado, será o melhor possível, uma casa arejada, resistente e ecologicamente correta. Usando materiais doados e reutilizando outros a Associação acredita que o projeto é seguro e sustentável, é uma boa solução para a preservação do meio ambiente e muito econômico.

A ideia da construção surgiu em 2011, após receberem o terreno do município, as mulheres se reuniram em assembleia, para decidirem a construção, após o encontro, a senhora Zilda Bentes e Valdeni Amorim, através de pesquisa e informações, tiveram a ideia da construção de garrafas pets, para muitos uma ideia maluca, surreal, coisa de filmes de ficção.

A ideia foi aceita em assembleia, em seguida a presidente da Associação na época, Alta Santarém e Almira, tesoureira e demais mulheres foram em loco até o lixão da cidade e constataram a grande quantidade de garrafas expostas e poluindo a natureza e prejudicando o meio ambiente. E iniciaram então o trabalho da coleta das garrafas, após terem coletados 20 mil garrafas iniciaram a construção.

Porém, não contavam com um obstáculo, quem faria a construção, que acetaria esse desafio? Vários convites para pedreiros foram feitos para realizar a construção, mas os mesmos não aceitavam. Mas as mulheres não desistiram de encontrar a pessoa para iniciar a obra.

Então fizeram o convite para o pedreiro, Deco, que aceitou o desafio de iniciar a construção, após estudos e pesquisas, a obra foi iniciada em 2013.

“Já são quatro anos de construção, devida a constantes pausas na obra, ocasionado por   falta de recursos, e a obra é reiniciada com ajudar de doações e promoções da associação como rifas e torneios, e se Deus quiser este ano iremos concluir,”. Falou Zilda Bentes, presidente da associação.

Além da terra, as garrafas foram enchidas com cimento e areia. Foram dois anos de obras, ainda falta o acabamento, que está sendo   executado aos poucos. O pedreiro nunca tinha feito nada assim e conseguiu aprender sobre a técnica na internet. No lugar de tijolos o que se vê são círculos coloridos das garrafas que geralmente usamos para armazenar refrigerantes.

O pedreiro Reginaldo, que atualmente está na frente da obra, garante que as paredes são tão firmes quanto as feitas com tijolos e que a casa resiste às ações do tempo. "Isso aqui é um tijolo, quase 8 kg cada garrafa cheia. Estamos usando arames para amarrar cada garrafa entre si, como se fosse uma rede, tanto nos gargalos quanto na base da garrafa. A base é entrelaçada dando uma volta com o laço quando a colocamos. Nos gargalos, igualmente, damos uma volta de modo a entrelaçar umas com as outras em uma forma losangular. A ideia causa inicialmente causou estranheza e nos questionamos sobre a eficiência e durabilidade da edificação, porém as construções utilizam alicerce de concreto, que garante a estabilidade da casa, e a areia que preenche as garrafas é peneirada, o que facilita sua compactação. Além disso, as casas são resistentes ao fogo, a bala e terremotos, e são capazes de manter uma temperatura interna de 18 graus Celsius, agradável em região de clima tropical”. explicou Reginaldo.

Vale muito a iniciativa, como também algo que antes era teoria se materializando com a certeza que dará certo, pois pesquisas e estudos foram feitos e todos os cuidados de segurança estão sendo tomados


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