ÓBIDOS - Equipes da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), continuam empenhadas no trabalho de prevenção à febre amarela, no interior do município de Óbidos, no oeste do Pará. Até o início desta semana 35 comunidades foram imunizadas, a prioridade são as localidades que estão na região de fronteira com os municípios de Alenquer, Curuá e Oriximiná.
Após a confirmação de quatro mortes na região, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) está executando um plano emergencial, que inclui a vacinação em massa, o combate ao mosquito transmissor da doença e o atendimento e orientação médica às populações do Baixo-Amazonas.
No último sábado (1), representantes da Sespa estiveram em Óbidos para acompanhar os trabalhos e garantir apoio no combate a propagação da doença. Bernardo Cardoso, diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, se encontrou com o prefeito Chico Alfaia e garantiu o envio de mais 4 mil doses da vacina. “Nós vamos disponibilizar mais 4 mil vacinas para Óbidos e a pouco eu garanti ao prefeito Chico Alfaia que não faltará vacina. Nós temos vacina pra continuar fazendo o trabalho dentro daquilo que é possível, com prioridade para os moradores da zona rural”, afirmou.
A equipe da secretaria estadual de saúde esclareceu as dúvidas da população durante entrevista concedida à Rádio Comunitária Sant’Ana FM, para desmistificar alguns mitos sobre a febre amarela.
O médico veterinário Fernando Esteves e o diretor do departamento de controle de endemias, reuniram com os médicos que atuam na rede municipal de saúde e repassaram informações sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido para controlar a doença e as características dos casos encontrados na região. A estratégia da Sespa é disseminar informações sobre a febre amarela entre os profissionais para ajudar a prevenir a doença, garantindo maior controle vetorial.
Macaco
O médico veterinário que acompanhou a remoção, tranquilizou a população. Fernando Esteves explicou que o primata pode ter morrido em de decorrência de outras doenças que provocam a morte da espécie. “Esse animal é suspeito de febre amarela, mas pode não ser. Esses animais não morrem só de febre amarela. Nós vamos mandar ele congelado para Santarém e de lá ele será encaminhado para o Instituo Evandro Chagas em Belém para exames que apontarão as causas da morte desse animal”, disse.
Imediatamente foi determinado o levantamento do número de pessoas que residem nas áreas próximas ao local, para que fosse realizado a vacinação dos moradores. O trabalho de imunização realizado por equipes da secretaria municipal de saúde iniciou nesta terça-feira (4).