20/09/2016 às 12h00min - Atualizada em 20/09/2016 às 12h00min

PF deflagra operação que bancou compra de bens luxuosos com desvios de recursos da saúde. Total desfiado até agora 112 milhões

Com o nome da operação “Maus caminhos” empresários locais lucravam com contratos supervalorizados e serviços não executado e a saúde morrendo no Amazonas.

Por: Am Post

MANAUS - A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal, deflagram nesta terça-feira (20), em Manaus a Operação Maus Caminhos, que investiga desvios de recursos da saúde no estado.

De acordo com a PF do Amazonas, o Instituto Novos Caminhos (NC), recebeu R$ 220 milhões para gerir quatro unidades de saúde do Governo do Estado, mas o recurso era desviado com a subcontratação de empresas como Salvare, Total Saúde e Simea. Fazendo com que, o dinheiro fosse usado para a compra de carros luxuosos, mansões, além de aviões, jatos e helicópteros.

O dinheiro desviado é oriundo do Fundo Estadual de Saúde do Amazonas. Ainda de acordo com a Polícia Federal o Instituto não cumpria procedimentos licitatórios regulares, abrindo brecha para contratações indiretas de empresas que prestam serviço de saúde no estado.

O Instituto

O INC é uma entidade social sem fins lucrativos. No ano de 2014, o governo do Amazonas habilitou o Instituto a administrar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Campo Salesm, na capital amazonense, o Centro de Reabilitação em Dependência Química (CRDQ) localizado no município do Rio Preto da Eva, a UPA 24 Horas e a Maternidade Enfermeira Celina Villacrez Ruiz, em Tabatinga.

Ainda segundo a PF, nos últimos dois anos aproximadamente R$ 220 milhões de recursos que eram para a saúde pública foram repassados ao Instituto Novos Caminhos.

CGU

A Controladoria Geral da União realizou uma auditoria e foram detectados indícios de irregularidades na contratação de empresas pelo INC. Essas empresas são: Salvare, Total Saúde e Simea, elas eram as responsáveis pelo desvio de parte do dinheiro.

As investigações constataram que essas empresas funcionavam no mesmo local do Instituto. Os valores cobrados eram bem acima dos cobrados no mercado.

Em uma das compras, o superfaturamento foi de 400%. Um serviço que poderia ser adquirido no valor de R$ 318.760,00 foi pago pelo INC um total de R$ 1.262.170,35.

Até agora o total de recursos desviados é superior a R$ 112 milhões. Valor esse usado para ostentação, na compra de bens luxuosos, os quais serão apreendidos durante esta terça-feira.

No total 13 mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos, além de quatro prisões temporárias, três conduções coercitivas, 41 mandados de busca e apreensão, 24 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas, 31 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis, todos expedidos pela Justiça Federal do Amazonas.


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