05/08/2016 às 17h35min - Atualizada em 05/08/2016 às 17h35min

Modelo adotado pelo Pará para valorizar turismo inspira gestores do Amazonas

Experiência de planejamento adotado pelo governo do Pará para desenvolver o turismo amazônico foi discutido em Manaus

Por: Juliana Geraldo
Acritica
Foto: Márcio Silva

MANAUS - Promover o desenvolvimento do turismo regional e buscar soluções para o atividade na Amazônia dentro da própria região. Essas foram algumas das sugestões trazidas ontem pelo secretário de Turismo do Estado do Pará, Adenauer Góes. Em palestra realizada ontem pela Associação Pan Amazônia, ele trouxe para membros da sociedade interessados no tema, sobre o desenvolvimento do turismo em seu Estado, com foco nas estratégias que garantiram resultados para o turismo paraense, aumentando a receita estadual, criando emprego e renda, e contribuindo para dinamizar a economia.

Segundo ele a ideia não é a de apontar defeitos de nenhuma outra administração do estados que compõem a Amazônia brasileira, e sim, contribuir com sugestões, para que seja desenvolvido no longo prazo, uma estratégia de turismo integrada.

“O Amazonas junto com o Pará são os grandes estados da Amazônia brasileira e que têm uma missão de, juntos, liderar o turismo como atividade econômica da região e de transformarem potenciais em novos produtos. Tudo de maneira integrada”, destacou.

Planejamento

Para o titular da pasta, o planejamento é a chave para uma estratégia de sucesso de desenvolvimento do turismo regional. “Vemos que setor pede um planejamento que sinalize para as gestões municipais, estaduais e para o empresariado, que o turismo é importante economicamente. Quando se tem um planejamento, se passa a ter uma direção para todos os investimentos projetados e isso vale para todos nós da região”, pontuou.

No caso do Pará, Góes lembra que foram 20 anos de estratégia para que fosse consolidado o Plano de Desenvolvimento turístico do Estado. O objetivo da criação da ferramenta foi funcionar como um elo catalisador para dentro do poder público estadual e transpusesse com facilidade o âmbito permeando os governos municipais e falando com o empresariado local.

Estudo de caso

O primeiro passo, ainda segundo o secretário, foi definir seis polos turísticos no Estado - Belém, Marajó (Soure e Salvaterra), Tapajós (Santarém), Araguaia (Tocantins), Xingu (Altamira) e o trecho Amazônia-Atlântica e após essa demarcação, foram escolhidos 23 municípios para ações prioritárias.

“Todo o projeto passou pela implantação do plano que visa fundamentalmente um processo de organização de prestação de serviços e de fortalecimento das compreensão do turismo como atividade econômica. Isso vem sendo feito de várias formas. Para cada polo há as ações específicas desenhadas e as obras infraestruturais acompanham minuciosamente o que foi definido no planejamento”, destacou.

Alguns dos pontos turísticos que têm recebido atenção especial da secretaria são, segundo citou Góes, a Estação das Docas, o Patrimônio Histórico Arquitetônico de Belém, Parque Mangal das Garças, o Mercado Ver-o-Peso e o Museu Emílio Goeldi.

“Estamos estruturando estes e outros pontos no interior do Estado para atrair naturalmente pessoas para o destino e não investir em um marketing do destino fora para então atrair consumidores. Primeiro é preciso organizar a casa”, finalizou Góes.

Blog: Roberto Bulbol,  Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Amazonas

“Nós sentimos que lá (no Pará), a estrutura para o turismo é totalmente diferente e o ‘case’ do Estado traz para nós uma série de sugestões e oportunidades de integração. Realmente, algumas atividades realizadas por eles estão em estágio mais avançado do que fazemos aqui, segundo meu ponto de vista. No entanto, temos que levar em consideração que eles têm algumas vantagens em relação a nós. Nós estamos quase que totalmente isolados em quanto eles têm ligação pela estrada, rio e mar, além de infraestrutura como aeroporto com duas pistas de pouso. Então, não dá para comparar. O importante é fazermos uma parceria na região Norte porque nós não somos concorrentes. Esse trabalho de integração pode, por exemplo, inserir numa estratégia só, os Estados do Norte do Brasil e países vizinhos como Guiana Inglesa e Peru. Temos que desenvolver a região da Amazônia como um todo, a exemplo do que fez o Nordeste. Não dá mais para ficar só na divulgação de um estado. Temos que trabalhar juntos”.


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